terça-feira, 28 de maio de 2013

Gargalhadas contra a dor

Estudos que saíram do forno mostram que o ditado é velho, mas funciona como se fosse a última novidade da ciência: rir (ainda) é o melhor remédiopor Manoel Gomes • design Fernanda Didini • ilustração Pedro Melo


Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, atesta que a risada aumenta a tolerância à dor. Um primeiro grupo de voluntários assistiu a vídeos cômicos, enquanto outra metade dos participantes viu programas bem chatos. Após a sessão, os especialistas provocaram sensações dolorosas nas duas plateias. Aqueles que deram gargalhadas puderam suportar até 10% mais dor do que os clinicamente entediados.

“O humor é capaz de diminuir as dores devido à liberação de endorfina”, acredita Robin Dunbar, autor do experimento e diretor do Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford. A endorfina é um hormônio que gera euforia, atenuando o incômodo físico e o estresse psicológico. A pesquisa inglesa mostra ainda que existem risadas e risadas em relação à química do bem-estar. “O riso relaxado e social é o único que funciona. Já o polido, que soltamos por educação, não tem efeito nenhum”, sinaliza Dunbar.

A antropóloga Mirian Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, observa: “A risada é uma chave para a intimidade, contato físico e emocional”. Ou seja, rir nos aproxima. Mirian destaca a importância do humor para uma boa qualidade de vida. “Ele é um meio de comunicação, que provoca um verdadeiro prazer físico e mental.”

Especialistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desvendaram outro elo, dessa vez entre as gargalhadas e o aumento do calibre dos vasos sanguíneos. Os voluntários tiveram que assistir a dois filmes, um violento e outro de comédia. Os cientistas perceberam que o fluxo de sangue crescia 22% nas risadas e diminuía 35% durante as cenas de tensão. Por isso, Michael Miller, autor da pesquisa e diretor do Centro de Cardiologia Preventiva da universidade americana, sugere uma dose diária de risadas. “Para obter o melhor efeito para o coração, devemos rir até chorar”, diz o especialista. A cardiologista Patrícia Oliveira, do Instituto do Coração de São Paulo, finaliza: “Quando os vasos ficam dilatados, a pressão cai e há uma diminuição de outros fatores por trás do risco de doenças cardiovasculares”. O peito vai bater de alegria.

Para rir à toa

Indicada para todas as idades, a risoterapia ganha cada vez mais adeptos como uma maneira de superar problemas e encarar o mundo sob uma nova perspectiva. “Nós nos baseamos na risada das crianças. Os pequenos riem com o corpo, e não por meio do intelecto”, conta Mari Tereza, uma das fundadoras do Clube da Gargalhada, em Belo Horizonte (MG), grupo pioneiro na América Latina. O riso é induzido por meio de exercícios respiratórios, sons, mímicas e, principalmente, contato olho a olho. Em três meses, o indivíduo já começa a sentir os resultados do bom humor.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Estresse pode roubar 2 horas do seu dia

As preocupações do cotidiano afetam a saúde e até a maneira como aproveitamos o tempo


Um levantamento recém-divulgado pelo instituto Benenden, na Inglaterra, aponta que a tensão da vida moderna rouba até duas das 24 horas do dia. A hipótese dos autores para explicar o déficit no cronômetro é a de que esse período seria gasto pensando em problema se na luta para pegar no sono. Além disso, o trabalho revelou dados preocupantes sobre os britânicos: em média, eles enfrentam dificuldade para dormir por causa das chateações durante seis noites por mês. E 45% dos 2 mil entrevistados admitiram que o estresse atrapalhou diretamente a sua saúde. “Quando provocado pela respostado organismo a estímulos orgânicos, ele faz bem para o corpo”, pondera o psicólogo José Roberto Leite, da Universidade Federal de São Paulo. ”No entanto, se for contínuo e de natureza psicológica, o estresse pode facilitar o aparecimento de doenças cardiovasculares e reduzir a resposta do nosso sistema imune.”



Causas – o que provoca mais apreensão, segundo a pesquisa: 
• sobrepeso 
• Problemas financeiros 
• Insegurança no emprego 
• casa em mau estado 
• Vida sexual ruim 
• Problemas familiares 
• Vício 
• Dirigir 
• saúde dos filhos 
• Bicho de estimação doente

Consequências – corpo prejudicado 
• Hipertensão 
• Úlcera no estômago 
• Infecções oportunistas 
• Fraco desempenho no trabalho 
• consumo exagerado de álcool

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A polêmica que envolve a retirada preventiva das mamas contra o câncer





A atriz americana Angelina Jolie anunciou, em um texto no jornal The New York Times, que se submeteu à retirada das mamas com a finalidade de evitar um tumor ali. A notícia causou alvoroço e as pessoas passaram a questionar a real necessidade de um procedimento tão radical.

Em primeiro lugar, vale reforçar que Angelina perdeu a mãe para a mesma doença e realizou um teste genético para saber o seu risco. No caso, o exame apontou que ela tinha uma probabilidade de 87% de desenvolver o problema nas glândulas mamárias em algum momento da vida. Esse método consiste em pegar uma amostra de sangue e rastrear mutações em genes que, segundo estudos, elevam pra valer o risco de câncer, como o BRCA1, alterado em Angelina Jolie. 

Segundo o mastologista João Carlos Sampaio Góes, diretor técnico-científico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, além da questão genética, existem outros fatores que acusam a maior possibilidade de ter a doença, como o estilo de vida e o histórico do paciente e a presença de casos de câncer na família. Por isso, cogitar a retirada das mamas requer que se avalie cada caso em particular, bem como as condições de saúde da mulher. A cirurgia profilática é indicada apenas a pacientes de alto risco confirmado.

"Na verdade, Angelina nem se submeteu a uma mastectomia, que consiste na retirada total dos seios, mas a uma adenectomia, ou seja, a remoção das glândulas mamárias", esclarece Góes. Depois disso, já se costuma reconstruir a região, em uma cirurgia plástica, com enxertos e uma prótese de silicone. "Todo esse procedimento reduz o risco de câncer ali em até 95%, o que, de fato, é mais eficaz do que qualquer outro método, além de ter um efeito permanente", explica o médico. 

O mastologista Henrique Pasqualette ressalta, no entanto, que a retirada não anula por completo a probabilidade de um tumor aparecer. No caso de Angelina, o risco caiu de 87% (apontado no seu teste genético) para 5%. Daí que é necessário continuar o acompanhamento médico. Como nem todas as mulheres terão essa alteração genética que faz a doença se manifestar mais cedo, às vezes na casa dos 30 anos, nem vão realizar os testes de DNA que a deduram, cabe lembrarmos das estratégias mais amplas de detecção precoce do câncer de mama. 

Prevenção sem cortes 
De modo geral, as recomendações para flagrar o quanto antes um câncer de mama, algo fundamental para vencer a doença — quanto mais cedo o problema for descoberto e começar o tratamento, maior a chance de cura — envolvem a realização do autoexame e da mamografia a partir dos 40 anos de idade. O exame tem de ser feito anualmente. Caso a mulher possua histórico familiar da doença, a inspeção deve começar mais cedo e se repetir a cada seis meses. 

Quando é confirmado um alto risco e a mulher não quer, sob hipótese nenhuma, passar por uma cirurgia para remover as mamas, uma opção é apelar para o que os especialistas chamam de quimioprevenção. "Administramos substâncias que funcionam como anti-hormônios e evitam estímulos naturais para a multiplicação de células cancerosas", explica Góes. A eficácia dessa estratégia gira em torno de 20 a 50%, mas ela dispara alguns efeitos adversos.






segunda-feira, 6 de maio de 2013

12 guinadas médicas que podem mudar sua vida


Dizem que a ciência é um campo de verdades transitórias. Não à toa, na bolsa de valores da saúde, algumas recomendações entram em alta, enquanto a cotação de outras despenca. Selecionamos reviravoltas que em algum momento vão repercutir no seu dia a dia


1. Você deveria comer mais ovoNão há melhor símbolo para ilustrar e começar a reportagem do que esse alimento. Por décadas, ele permaneceu à margem daquilo que é considerado um cardápio saudável. A má reputação parecia ter motivo. Afinal, o ovo era encarado como um poço de colesterol. A absolvição veio quando cientistas descobriram um composto especial em sua fórmula: a lecitina. "Trata-se de um emulsificante natural de gordura, que inibe a absorção do colesterol no intestino", explica Rosana Perim, gerente de nutrição do Hospital do Coração, na capital paulista. Com seu retorno triunfal ao menu, uma porção de nutrientes do bem ficou disponível. "Ele é fonte de minerais e proteínas, das quais a albumina é o destaque. Também reúne vitaminas A, D e as do complexo B", descreve a nutricionista Ana Clara Martins, professora da Universidade Federal de Goiás. Mas atenção: como a gema é rica em colesterol, recomenda-se não exagerar todo dia, especialmente se a dieta já for composta de carne, leite e queijos gordurosos. Três unidades semanais já são um prato cheio para a saúde.

2. Quem tem doença séria precisa malhar
"Sob a alegação de que o corpo deveria guardar suas energias, já foi padrão prescrever repouso absoluto em casos como câncer ou infarto", relata Moisés da Cunha Lima, fisiatra do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Mas trabalhos científicos ao redor do globo derrubaram essa tese. "Obviamente há restrições e cuidados especiais logo após o diagnóstico, mas manter-se em movimento, hoje, é parte integrante do tratamento de vários males considerados graves", reforça Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em Salvador. Uma das razões para essa quebra de paradigma é que as atividades físicas aplacam as dores, a fadiga, o estresse e a perda de massa muscular, sintomas pra lá de comuns quando um problema sério dá as caras. Aliás, elas são cada vez mais vistas como um remédio eficaz para atuar diretamente nas enfermidades, já que fortificam o sistema imunológico, regulam os batimentos cardíacos, promovem emagrecimento...

3. Cuidado com o excesso de exames Um trabalho americano assinado por nove sociedades médicas avaliou 1 200 indivíduos submetidos a uma bateria de testes e concluiu que, na maioria dos casos, as informações obtidas eram irrelevantes. O problema é que, além de expor as pessoas à radiação nos exames de imagem, pecar pelo excesso atrapalha a busca pelo diagnóstico porque pode desviar o foco inicial da investigação ou gerar resultados falsos positivos - quando acusam uma doença inexistente. "Assim como remédios, os exames têm indicações específicas e contraindicações", afirma o clínico-geral Nelson Carvalhaes, do laboratório Fleury, na capital paulista. "Conhecer bem o paciente e seu histórico corresponde a 90% do diagnóstico", diz Paulo Olzon, clínico-geral da Universidade Federal de São Paulo. O excesso não é bom.

4. Tratar problemas antes de apareceremPré-diabete, pré-hipertensão... Houve uma época em que, na ausência desses nomes criados para designar um estágio que antecede o problema propriamente dito, o médico esperava o diagnóstico e, só aí, traçava o plano terapêutico. Hoje, as mudanças no estilo de vida e, se necessário, a prescrição de medicamentos são cobradas antes de os exames cravarem os valores da doença em si. "Os pré-diabéticos têm só metade do seu pâncreas produzindo insulina, e os estudos mostram que, entre eles, as taxas de mortalidade são mais altas", exemplifica o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. "Não por menos já receitamos a esses pacientes remédios para melhorar a ação da insulina", diz.

5. Veneno dá origem a novos remédios
Um escorpião que guarda em sua peçonha uma promessa e tanto contra a pressão alta, uma aranha cuja toxina estimula a ereção e outro aracnídeo que tem, em seu veneno, compostos bactericidas. Os bichos citados acima e suas aplicações terapêuticas são objetos de estudo do laboratório da professora Maria Elena de Lima, do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais. E dão ideia de como pode ser aproveitada uma exímia fonte de novas drogas: os venenos animais. Tanto no Brasil como lá fora são realizadas pesquisas com esse material oferecido por cobras, insetos e companhia (veja exemplos no slideshow abaixo). "Ao analisar os venenos e seu efeito sobre o organismo, conseguimos descobrir outros mecanismos de ação para remédios ou criar fármacos com as substâncias encontradas", explica Maria Elena. Ainda na década de 1960, um médico brasileiro desvendou, pelo veneno da jararaca, a base para um medicamento que se tornou um dos principais recursos contra a hipertensão. Mas há casos em que a doença resiste a ele. Em breve, porém, um escorpião poderá oferecer o antídoto para driblar o problema.

6. Limpeza demais prejudica Criar o pequeno em ambientes muito limpos propicia uma situação indesejada: o sistema imune da criança fica destreinado para enfrentar germes e, pior, tende a disparar reações alérgicas diante de substâncias inócuas. É o que propõe a "teoria da higiene" (veja o slideshow abaixo), que ganha força com um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ao deixar ratos - cujas células de defesa são parecidas com as nossas - em um local estéril, observou-se que esses animais apresentavam mais doenças inflamatórias no intestino e nos pulmões do que os largados em habitat normal. Lógico que ninguém defende conviver com a sujeira 24 horas por dia. "Cuidados como lavar as mãos após as brincadeiras devem ser mantidos", orienta a alergologista Renata Cocco, da Universidade Federal de São Paulo.

Amizade animal 
Crescer com um pet em casa é um modo divertido de entrar em contato com micro-organismos e substâncias que ajudam o sistema imune a se desenvolver. Com a vantagem de que essa relação desperta afeto e senso de responsabilidade.

7. Evite carne grelhada demais
Não vá pensando que você pode se esbaldar de fritura. A melhor forma de degustar carne ainda é na versão grelhada. Mas no ponto certo. Torrar demais leva à produção de substâncias nocivas - caso das aminas heterocíclicas, apontadas como patrocinadoras de males neurodegenerativos. "O ideal é que não fique nem cru nem muito passado. Ou seja, o cozimento deve ser suficiente para fazer o interior da carne mudar de cor, mas sem apresentar sinais de tempo excessivo no fogo, como aparência queimada, ressecamento e rigidez", ensina Gilberto Simeone, professor do curso de nutrição da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais.

8. Vício por comida deve ser tratado
Embora a compulsão alimentar tenha sido descrita há algumas décadas, só agora passará a integrar o manual que serve de referência internacional para o manejo das desordens psiquiátricas. A condição é marcada por ataques periódicos e recorrentes de gula, com direito a iguarias estranhas. "Entre os obesos que procuram tratamento para o excesso de peso, a prevalência da compulsão é de 30%", conta o psiquiatra Adriano Segal, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse quadro requer orientação especializada. "Podemos indicar sessões de terapia cognitivo-comportamental e receitar remédios como inibidores de apetite e antidepressivos", esclarece Segal.

9. Todo mundo tem que consumir gordura 
O nutriente tão censurado em regimes da moda deve, sim, fazer parte da dieta. Com bom senso, é claro. O primeiro passo para um consumo inteligente é entender que há mais de uma versão de gordura dando sopa por aí e cada uma merece seu espaço no dia a dia (confira no slideshow abaixo). A mono e a poli-insaturada, por exemplo, têm prioridade. "A primeira evita a formação de placas nos vasos e, por isso, auxilia a prevenir complicações cardiovasculares", informa a nutricionista Samantha Rhein, professora do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. "Já a segunda combate inflamações, melhora o controle da pressão e contribui para a integridade do sistema nervoso." A saturada demanda mais controle. "Em excesso, ela coloca o coração em risco", avisa Ana Paula Chacra, cardiologista do Instituto do Coração de São Paulo. O perigo maior mora na trans - aquela dos alimentos industrializados. É que, além de elevar os níveis do colesterol ruim (LDL), ela derruba os do bom (HDL). Esta é melhor esquecer.

Ômegas em desequilíbrio Das poli-insaturadas, duas versões sobressaem: o ômega-3, dos peixes de água fria, e o ômega-6, dos óleos vegetais. O problema é que consumimos muito mais o tipo 6. "Essa desproporção pode potencializar os riscos cardiovasculares", avisa a nutricionista Samantha Rhein.

10. Videogame pode ser saudávelOs novos consoles exigem do jogador muito movimento e preparo físico. Se antes era necessário deslocar somente os dedos, sentado confortavelmente no sofá, agora o desafio é superar os obstáculos do jogo remexendo o esqueleto. E isso, para começar, resulta num belo gasto de calorias. "Ao se exercitar com o videogame em intensidade moderada por um tempo prolongado, já é possível melhorar o condicionamento", atesta o cardiologista Daniel Kopiler, chefe do Serviço de Reabilitação Cardíaca do Instituto Nacional de Cardiologia. Se os golpes, corridas e danças virtuais ainda não substituem em 100% os esportes tradicionais, no mínimo afastam o sedentarismo e promovem bem-estar, sobretudo para os idosos. "Os games aperfeiçoam o caminhar e o equilíbrio em pessoas com idade avançada", confirma o geriatra Virgílio Garcia Moreira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, eles já são usados inclusive como ferramenta na recuperação de pacientes que sofreram baques como um derrame.

11. Exercício em excesso faz mal A resistência dos triatletas passa a ideia de que eles são extremamente saudáveis. Mas na Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, pesquisadores avaliaram o sistema imunológico desses atletas e, depois, compararam-no com o de idosas que faziam atividades físicas leves. "Acredite se quiser: as defesas das senhoras estavam mais preparadas para combater infecções do que as dos esportistas", revela a educadora física Tânia Pithon-Curi, que coordenou o trabalho. E isso é apenas um exemplo. Se suar a camisa moderadamente traz benesses dos pés à cabeça, o exagero é um tiro pela culatra, como você verá na tabela à direita. "Daí a importância de buscar profissionais que tracem os limites segundo as características do indivíduo", salienta Jomar Souza.

12. Parto normal depois da cesáreaAs mães de segunda viagem podem escolher o parto natural mesmo que o primogênito tenha nascido de cesariana. O grande temor, há alguns anos, era o rompimento da cicatriz uterina do primeiro procedimento. "Mas agora sabemos que é possível fazer um parto normal, com anestesia, dois anos depois da cesárea", esclarece o obstetra Luiz Fernando Leite, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. É por meio de uma conversa com o médico que fica definido se o bebê pode vir ao mundo sem cirurgia. "Tudo deve ser acompanhado de perto no hospital, que está munido dos equipamentos necessários para possíveis emergências", ressalta a obstetra Márcia Maria da Costa, do Hospital e Maternidade São Luiz, na capital paulista.


Fonte:André Biernath|Chloé Pinheiro|Diogo Sponchiato|Thaís Manarini|Theo Ruprecht