quarta-feira, 2 de abril de 2014

SUS já vacinou mais de 50% de meninas contra HPV no Brasil

Data de Cadastro: 31/03/2014 as 16:03:57 alterado em 01/04/2014 as 17:04:29

Balanço do Ministério da Saúde indica que 2,4 milhões de meninas já foram vacinadas nas três primeiras semanas. A OMS reforça a segurança da vacina.
Mais de 2,4 milhões de meninas já foram vacinadas contra HPV em todo o país, nas três primeiras semanas da campanha, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Ministério da Saúde. O número representa 58% da meta do Ministério da Saúde, que é vacinar 80% do público-alvo, o equivalente a 4,1 milhões de meninas na faixa etária de 11 a 13 anos. A vacina utilizada no Brasil é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considera positiva a cobertura vacinal nas primeiras semanas de implantação da vacina na rede pública. “Isso prova que a população está consciente sobre a importância desta vacina na proteção contra o câncer do colo do útero. Com a continuidade da mobilização nos estados, acredito que atingiremos a meta de vacinar 4,1 milhões de meninas”, afirmou.
Os estados com maior adesão à vacina, até o momento, são: Santa Catarina com 85% (106 mil meninas vacinadas), São Paulo 80% (643 mil), Rio Grande do Sul 73% (151 mil), Espírito Santo 73% (53 mil) e Tocantins 73% (25 mil).
O Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia iniciada no dia 10 de março. A vacina também está disponível nos 36 mil postos da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
SEGURANÇA DA VACINA – Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a vacina utilizada no Brasil é recomendada pela OMS e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV. O Comitê Consultivo Mundial sobre Segurança das Vacinas, responsável por prestar assessoramento científico à OMS, atestou novamente a segurança da vacina contra o HPV, durante reunião realizada no dia 12 de março.
Desde o lançamento da vacina contra o HPV, em 2006, mais de 170 milhões de doses foram aplicadas no mundo.  Diversos estudos que monitoraram durante anos, milhares de pessoas vacinadas na Austrália, Europa e América do Norte, excluíram a ocorrência de eventos adversos graves ou permanentes.
PROTEÇÃO - Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.
A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
CAMPANHA – O Ministério da Saúde iniciou em março a veiculação da campanha publicitária para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero em TV, rádios e jornais. Com o tema “Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convocam as adolescentes para se vacinar e alertam as mulheres sobre a prevenção. Estimativas indicam que 270 mil mulheres, no mundo, morreram devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos, em decorrência da doença, apenas neste ano.
VACINAÇÃO POR UF*
*Números calculados com base na meta de 80% (4,1 milhões de meninas Brasil)
Estado
TOTAL
Meta
Doses aplicadas
cobertura %
AC
21.748
 6.848
31%
AM
98.349
 7.899
8%
AP
19.915
 3.432
17%
PA
204.991
 91.921
45%
RO
37.663
 21.064
56%
RR
12.935
 7.937
61%
TO
34.935
 25.650
73%
NORTE
430.537
 164.751
38%
AL
82.410
 55.215
67%
BA
321.634
180.672
56%
CE
205.876
 113.453
55%
MA
176.917
 77.288
44%
PB
83.768
 41.051
49%
PE
202.662
 99.482
49%
PI
74.638
 37.706
51%
RN
71.026
 39.628
56%
SE
50.713
 35.473
70%
NORDESTE
1.269.643
 677.303
53%
ES
73.456
 53.727
73%
MG
407.261
 210.106
52%
RJ
317.591
 168.662
53%
SP
808.318
 643.246
80%
SUDESTE
1.606.626
 1.075.741
67%
PR
218.395
 117.556
54%
RS
206.514
 151.574
73%
SC
125.970
 106.692
85%
SUL
550.879
 375.822
68%
DF
87.979
 25.480
29%
GO
129.508
 78.349
60%
MS
53.935
 9.729
18%
MT
68.082
 37.830
56%
CENTRO-OESTE
339.505
 151.388
45%
TOTAL BRASIL
4.197.190
 2.445.005
58%
Por Carlos Américo e Aline Reis, da Agência SaúdeAtendimento à imprensa – Ascom/MS(61) 3315-2577/6258/3580

Campanha de vacinação contra a gripe começa dia 22

Data de Cadastro: 02/04/2014 as 13:04:10 alterado em 02/04/2014 as 14:04:17
Neste ano, a faixa etária das crianças foi ampliada, com a inclusão dos menores de cinco anos. O público prioritário para a imunização é de 49,6 milhões de pessoas em todo o país.  
A campanha nacional de vacinação contra gripe deste ano será realizada de 22 de abril a 9 de maio, sendo 26 o dia de mobilização nacional. A novidade deste ano é a ampliação da faixa etária para crianças de seis meses a menores de cinco anos. No ano passado, o público infantil foi de seis meses a menores de dois anos. A estratégia de mobilização para todo o país, executada em parceria com estados e municípios, foi anunciada nesta quarta-feira (02) pelo ministro da      Saúde, Arthur Chioro.
O público-alvo da campanha é de 49,6 milhões de pessoas e a meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% desta população, considerada de risco para complicações por gripe. Além das crianças de seis meses a menores de cinco anos, integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.
Durante a apresentação da campanha, o ministro Arthur Chioro destacou a importância da ampliação da vacina ao público infantil. “A extensão da faixa etária para os menores de cinco anos tem como finalidade reduzir casos graves e óbitos”, ressaltou. Segundo o ministro, a vacinação desta faixa etária beneficia tanto a criança que recebe a vacina, como também os grupos mais vulneráveis que convivem com ela. Assim, são imunizadas, indiretamente, lactentes menores de seis meses de idade (crianças amamentadas); idosos e pessoas com doenças crônicas. Outro fator que contribuiu para a inclusão desta faixa-etária foi o fato de que as taxas de internação em crianças menores de cinco anos, em 2013, terem se igualado a dos idosos.
O ministro lembrou ainda que, apesar das diferenças climáticas no país, as recomendações para prevenção da gripe são mesmas para todas as regiões. “É importante manter os hábitos saudáveis de higiene, como lavar as mãos sempre e manter os ambientes arejados”, aconselhou. Ele explicou ainda que o Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde, está preparando a rede e as equipes de saúde para o atendimento dos pacientes com gripe. Esta preparação também inclui a realização de diagnósticos e abastecimento dos estados e municípios com antivirais. “Todo o recurso que investimos em prevenção, retorna à sociedade, seja na melhoria da qualidade de vida da população ou pela diminuição dos casos graves e óbitos”, afirmou Chioro.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destacou a importância do lançamento da campanha neste período que antecede o inverno, estação mais propícia para a gripe. “A criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a aplicação da dose. Por isso é importante que as pessoas procurarem a vacinação no período da campanha. Assim, quando chegar o inverno, estarão protegidas”, afirmou Barbosa. O período de maior circulação da gripe é de final de maio a agosto. O secretário ressaltou que a vacina contra a influenza é diferente das demais porque tem efeito limitado, ou seja, é elaborada apenas no período da sazonalidade.
SEGURANÇA - A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
DOSES - Serão distribuídas 53,5 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).  Em todo o país, serão 65 mil postos de vacinação, com envolvimento de 240 mil pessoas. Também estarão disponíveis para a mobilização 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
As pessoas com doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
CAMPANHA- Com tema “Vacinação contra a gripe: você não pode faltar”, a campanha do Ministério da Saúde para este ano orienta cada público prioritário a procurar os postos vacinação no período da mobilização. A campanha será veiculada na TV, rádio, mídia exterior, mídia impressa e internet. O custo total da campanha é de R$ 14 milhões.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e induração. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das vezes, em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
PRODUÇÃO NACIONAL – As doses da vacina contra a gripe foram adquiridas por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e o laboratório privado Sanofi. O acordo, intermediado pelo Ministério da Saúde, permitiu que Instituto Butantan dominasse todas as etapas de produção da vacina.

Público-alvo e quantidade de doses enviadas por UF
UF
Público-alvo
Doses enviadas
RO
           353.528
             381.810
AC
           196.805
             212.550
AM
           928.263
          1.002.520
RR
           156.970
             169.530
PA
        1.699.228
          1.835.170
AP
           159.417
             172.170
TO
           325.110
             351.120
NORTE
       3.819.321
        4.124.870
MA
        1.533.092
          1.655.740
PI
           736.672
             795.610
CE
        1.995.760
          2.155.420
RN
           769.286
             830.830
PB
           946.099
          1.021.790
PE
        2.077.417
          2.243.610
AL
           705.431
             761.870
SE
           456.389
             492.900
BA
        3.297.342
          3.561.130
NORDESTE
     12.517.489
      13.518.900
MG
        4.904.622
          5.296.990
ES
           834.168
             900.900
RJ
        4.118.194
          4.447.650
SP
       11.842.222
        12.789.600
SUDESTE
     21.699.207
      23.435.140
PR
        2.893.790
          3.125.290
SC
        1.743.026
          1.882.470
RS
        3.558.081
          3.842.730
SUL
       8.194.896
        8.850.490
MS
           656.657
             709.190
MT
           682.996
             737.640
GO
        1.402.746
          1.514.970
DF
           603.867
             652.180
C.OESTE
       3.346.265
        3.613.980
BRASIL
     49.577.178
      53.543.380

Categorias de risco clínico com indicação para vacina contra influenza
Categoria   de risco clínicoIndicações
Doença
respiratória crônica
Asma   em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);
DPOC;
Bronquioectasia;
Fibrose   Cística;
Doenças   Intersticiais do pulmão;
Displasia   broncopulmonar;
Hipertensão   arterial Pulmonar;
Crianças   com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença
cardíaca crônica
Doença   cardíaca congênita;
Hipertensão   arterial sistêmica com comorbidade;
Doença   cardíaca isquêmica;
Insuficiência   cardíaca.
Doença renal crônicaDoença   renal nos estágios 3,4 e 5;
Síndrome   nefrótica;
Paciente   em diálise.
Doença
hepática crônica
Atresia   biliar;
Hepatites   crônicas;
Cirrose.
Doença neurológica crônicaCondições em que a função respiratória   pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas   individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral,   esclerose múltipla, e condições similares;
Doenças hereditárias e   degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Deficiência neurológica grave.
DiabetesDiabetes   Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
ImunossupressãoImunodeficiência   congênita ou adquirida
Imunossupressão   por doenças ou medicamentos
ObesosObesidade   grau III.
TransplantadosÓrgãos   sólidos;
Medula   óssea.
Portadores
de trissomias
Síndrome   de Down, Síndrome de klinefelter, Sídrome de Wakany, dentre outras   trissomias.