domingo, 24 de agosto de 2014

Pílula do dia seguinte: tire suas dúvidas

A pílula do dia seguinte é assunto cercado de polêmicas e inseguranças. Confira as respostas para algumas das perguntas mais feitas sobre o assunto.

Publicado em 29/07/2014
Monique dos Anjos e Mariliz Jorge - Edição: MdeMulher
Mulher tomando remédio
Foto: Thinkstock
Como a pílula deve ser tomada? 
Existem dois tipos. Um deles vem em dose única e o outro são dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia. 
 
A pílula funciona como um abortivo? 
Não. Ela age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum. 
 
Preciso de receita médica para comprar a pílula? 
Sim. Embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso. 
 
Ela pode causar efeitos colaterais? 
Sim. O mais frequente deles é a alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Em outras palavras, vai ficar impossível calcular seu período fértil e o dia da sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns. No caso de vômito ou diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Quem tem organismo sensível a medicamento e está tomando a pílula com indicação médica deve pedir a indicação de um remédio contra enjoos para tomar ao mesmo tempo. 
 
Existe contraindicação? 
A pílula é contraindicada para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou obesa mórbida. Isso porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos. 
 
Se eu tomar repetidas vezes, ela perde o efeito? 
Ela não perde o efeito, mas o risco de você engravidar aumenta. Normalmente, ele já é de 15% se você tomar depois de 24 horas de transar, contra uma média de 0,1% da pílula anticoncepcional comum. 
 
Posso trocar a camisinha pela pílula? 
Nem pense nisso. A pílula deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha. Além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara, o contraceptivo de emergência não a protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha. 
 
A pílula do dia seguinte é também um método contraceptivo? 
Não. Como o próprio nome diz, ela deve ser usada em casos excepcionais e não como um anticoncepcional de rotina, como muitas mulheres estão fazendo. A dose alta de hormônio do medicamento, cerca de 20% a mais do que o existente em uma drágea de anticoncepcional, aumenta o risco de efeitos colaterais. 
 
Mesmo tomando essa pílula é possível engravidar? 
Sim. Como todo método, há risco de falha. Como já foi dito, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior a sua eficácia. 
 
O uso pode afetar o aparelho reprodutor? 
Pode. A curto prazo causa uma verdadeira revolução na produção hormonal da mulher. Já, a longo prazo, depende da quantidade de vezes que a pílula do dia seguinte foi usada. Quanto mais, maiores os riscos. Caso ocorra a gestação ectópica, a mulher poderá perder uma trompa e isso dificultará uma futura gestação. 
 
Ao utilizá-la, estarei protegida até a chegada da menstruação? 
Não. Terá se protegido somente da relação que aconteceu antes de ter tomado a pílula.

Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/saude-mulher/pilula-dia-seguinte-tire-suas-duvidas-792839.shtml

Coma maçã: pesquisa aponta que a fruta melhora a vida sexual de mulheres

Segundo estudo italiano, nutrientes da maçã contribuem para aumentar a satisfação sexual feminina. Mas esse não é o único motivo pelo qual você deve incluir a fruta no cardápio...

Atualizado em 08/08/2014
Luiza Monteiro
Conteúdo MDEMULHER


Coma a maçã com a casca, pois ela possui até dez vezes mais substâncias ativas do que a polpa.
Foto: AniDimi/Thinkstock/Getty Images

Em um levantamento feito com 731 mulheres com idades entre 18 e 43 anos, pesquisadores do Hospital Regional Santa Chiara, em Trento, na Itália, descobriram mais uma vantagem de comer pelo menos uma porção diária de maçã: dar um up na vida sexual. Para chegar ao achado, os cientistas levantaram dados sobre os hábitos alimentares das participantes e, em seguida, separaram aquelas que comiam uma ou mais maçãs por dia das que ingeriam menos de uma unidade da fruta diariamente. As voluntárias responderam, então, a um questionário sobre a sua rotina sexual. Eis o resultado: as mulheres que consumiam no mínimo uma maçã todos os dias demonstravam estar mais satisfeitas em matéria de sexo.
Os autores da investigação suspeitam que o benefício esteja ligado à florizina, composto encontrado no fruto da macieira e que imita o hormônio feminino estradiol, ligado à lubrificação vaginal e à sexualidade feminina de um modo geral. Além disso, os estudiosos especulam que os polifenóis presentes na maçã – substâncias com ação antioxidante – estimulariam o fluxo sanguíneo a chegar à genitália, contribuindo para que a mulher tenha mais prazer. E aí, quer motivo melhor para se deliciar com essa fruta?
Outros benefícios da maçã
As vantagens de consumir uma maçã todos os dias vão muito além de ter uma vida sexual mais prazerosa. Isso porque a fruta contribui também para afastar uma série de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, câncer de intestino, problemas respiratórios e diabetes. Sem falar que o alimento fortalece o sistema imunológico, contribui para o emagrecimento (graças às fibras) e protege as cordas vocais e a boca, já que tem ação adstringente.

Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/alimenta-saude/maca-pesquisa-fruta-vida-sexual-mulheres-794772.shtml

Bexiga baixa: saiba o que é o prolapso genital e como prevenir

Esse problema não afeta apenas o órgão responsável por armazenar a urina - e causa sérios danos à saúde. Conheça os fatores de risco, os sintomas e as formas de evitar e tratar a chateação.


Atualizado em 21/08/2014
Luiza Monteiro
Entre os sintomas do prolapso genital está a sensação de que há uma bola na vagina.
Foto: Hemera Technologies/Thinkstock/Getty Images

O que é
Apesar do nome complicado, o prolapso genital é um problema bastante comum, principalmente em mulheres com mais de 40 anos e que já tiveram filhos. Ele ocorre quando a musculatura das paredes da vagina fica fraca, de modo que os órgãos sustentados por ela se deslocam e podem sair pelo canal vaginal - caso do útero, da bexiga e até de parte do intestino.
A gravidade do quadro é classificada de acordo com uma escala que vai de 1 a 4. Nos dois primeiros estágios, já dá para ver o prolapso nos exames ginecológicos, mas a paciente ainda não apresenta sintomas. Nos últimos graus, os órgãos já se encontram exteriorizados.

Os sintomas
"O principal sintoma é a sensação de que há uma bola na vagina”, conta a ginecologista Marair Sartori, professora de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo. Além disso, é comum a paciente com prolapso apresentar dor na pelve, incontinência urinária e prisão de ventre.

A origem do problema
As principais causas do prolapso genital são a gravidez (o peso da barriga aumenta a pressão nessa região do abdômen) e o parto vaginal, especialmente nos casos em que não há acompanhamento obstétrico adequado. É que, se o bebê for muito grande ou não estiver posicionado corretamente, por exemplo, o risco de ocorrer lesões sérias no assoalho pélvico é alto.
Mas essa história não para por aí. Para ter ideia, a própria menopausa aumenta a probabilidade de o prolapso aparecer. "A redução dos hormônios femininos faz com que os tecidos dessa área fiquem mais ressecados e frouxos", explica a uroginecologista Andréia Mariane de Deus, de Sorocaba, no interior paulista. Certas doenças neurológicas - como a esclerose múltipla - também podem afetar a musculatura da pelve. Outros fatores de risco para essa condição são a obesidade e a tosse crônica, que aumentam a pressão abdominal.

O tratamento
Para prolapsos graves, a principal forma de corrigir o problema é por meio de cirurgia. "O objetivo é restaurar a anatomia e a função dos órgãos e aliviar os sintomas da paciente", esclarece Marair Sartori. Isso pode ser feito tanto por técnicas que restauram a posição da vagina e das estruturas que se deslocaram quanto por procedimentos que simplesmente fecham o canal vaginal e impedem que o órgão saia do corpo.
No caso de pessoas que não querem ou não podem fazer a cirurgia, uma alternativa é o uso do pessário, um anel de borracha que sustenta o útero no lugar.
Quando o quadro ainda está nos estágios iniciais, é possível evitar seu agravamento por meio dos chamados exercícios perineais, que visam fortalecer os músculos do assoalho pélvico e também mostrar à mulher a forma correta de contrai-los. Eles podem ser feitos utilizando técnicas como biofeedback - em que se pede à paciente que aperte e relaxe a musculatura enquanto os registros desses movimentos são visualizados num computador - e eletroestimulação, na qual choques estimulam a contração muscular.

Dá para prevenir?
Uma boa forma de afastar o prolapso genital é praticar os tais exercícios perineais - principalmente se você está grávida ou planeja ser mãe. Outras medidas preventivas são evitar os fatores de risco, a exemplo do ganho de peso, da constipação e até da tosse crônica. Praticar modalidades como ioga e pilates também é indicado - mas só se você tiver certeza de que está contraindo a musculatura da pelve corretamente. "Se feitos de forma errada, essas atividades podem até prejudicar e aumentar o risco de prolapso", diz Marair Sartori. Por isso, é fundamental, na visita ao ginecologista, checar a maneira certa de fazer esses movimentos.


Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/prevencao-trata/bexiga-baixa-saiba-prolapso-genital-como-prevenir-797421.shtml