Total de pessoas com mais de 60
anos na região cresce de 85,4 mil para 178,3 mil
Entre 2000 e 2015, segundo dados da
Fundação Seade, o grupo de pessoas com mais de 60 anos de idade no oeste da
zona metropolitana de São Paulo passou de 5,6% para 10,1% do total da
população. Em cada um dos municípios, a proporção exibe estas cifras: Barueri -
8,5%, Carapicuíba - 9,9%, Itapevi - 7,8%, Jandira - 8,3%, Osasco - 11,1% e
Santana de Parnaíba - 9,6%. No período, o grupo de pessoas daquela faixa etária
cresceu de 85,4 mil para 178,3 mil indivíduos. “É um número semelhante ao total
da população de cidades como Itu, São Caetano do Sul e até mesmo Itapevi”,
simplifica a médica Luciana Dias Rodrigues Francisco, diretora da Transduson
Médicos Associados, centro de diagnósticos que possui unidades em Carapicuíba e
Alphaville.
Luciana
Rodrigues observa que o envelhecimento da população nesta área da zona
metropolitana de São Paulo constitui um fenômeno
relativamente recente. Para ilustrar, ela destaca o súbito aumento do índice
que mostra a quantidade de pessoas com mais de 60 anos em relação a cada grupo
com 100 indivíduos entre 0 e 14 anos. “Em 2000, este índice era de apenas 16.
Hoje, já é de 42”, diz, citando dados da fundação. A médica acrescenta que, no
município de Osasco, esta cifra chega a 55.
Conforme
Luciana Rodrigues, este processo de envelhecimento estabeleceu na região um
novo perfil de doenças associadas com a idade mais avançada. Ao discorrer sobre
estes problemas de saúde, ela cita, principalmente, hipertensão, osteoporose,
quedas, doenças na coluna, diabetes, problemas de coração e depressão. Diz
a médica que os exames diagnósticos regulares são fundamentais para a prevenção
e tratamento dessas doenças. “Os sintomas tendem a ser mais severos em
pacientes com idade mais avançada, tendo em vista que o organismo se encontra
mais fragilizado”, explica a diretora da Transduson.
Ela afirma que os exames
cardiológicos regulares podem orientar tratamentos eficazes para hipertensão,
permitindo que os pacientes diagnosticados com a doença tenham vida normal.
Segundo ela, as doenças na coluna, quedas e osteoporose - que deixa os ossos
frágeis e quebradiços -, podem ter os seus tratamentos administrados com base
em exames de Densitometria Óssea, Ultrassom, Raio-x Digital, Tomografia e
Ressonância Magnética. Conforme Dra. Luciana,
o exame de Glicemia de jejum também deve constar na rotina das pessoas com mais
de 60 anos, a fim de diagnosticar a presença de diabetes. Esta doença, segundo
a médica, pode provocar um amplo número de sintomas como infecções frequentes,
alterações visuais, dificuldades na cicatrização de feridas, problemas
circulatórios, disfunção erétil, depressão e outros.
Há ainda outros exames que podem ser feitos com regularidade a fim de
contribuir com o bem estar das pessoas em idade mais avançada, tais como o
controle do colesterol e a prevenção do câncer. “Por outro lado, as
pessoas mais velhas também podem se sentir solitárias e cair em depressão. Para
prevenir este mal, não existe outro remédio senão o amor das pessoas mais
próximas. Enfim, todos estes cuidados tendem a aumentar grandemente as chances
de atravessar com boa saúde a fase da vida após os 60 anos”, finaliza a Dra.
Luciana, da Transduson.